Com isso, a paciente americana não precisou mais usar as tradicionais injeções de insulina. Porém, ela passou a tomar remédios contra rejeição, para impedir que o sistema imunológico do corpo ataque as células "invasoras". A equipe médica responsável pelo procedimento espera realizar entre 20 e 30 cirurgias desse tipo ao longo do próximo ano. Por enquanto, os especialistas ainda aguardam um resultado mais preciso do primeiro transplante.
Segundo o médico Paulo Augusto Carvalho, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de Minas Gerais, o transplante de ilhotas pancreáticas (conjunto de células produtoras de insulina) já tem sido realizado no Brasil, inclusive em Minas Gerais. "Pode ser uma perspectiva futura, desde que se consiga reduzir o índice de rejeição, que é o grande problema dessa cirurgia", destaca o especialista.
Além disso, o endocrinologista afirma que não existe uma vasta metodologia que possibilite realizar o procedimento em larga escala. Outro empecilho, segundo ele, é a dificuldade de coletar as células doadoras e os riscos de infecções hospitalares durante o procedimento. "Ainda não é feito em grande escala, mas é uma boa alternativa para o futuro. Saber que médicos já obtiveram sucesso nos Estados Unidos é um bom sinal", completa Paulo Augusto..