De acordo com o ginecologista Renato de Oliveira, especialista em reprodução humana da Criogênesis, além de diminuir a fertilidade, o cigarro reduz a capacidade ovulatória da mulher. "A fumaça do cigarro é uma mistura de mais de 4 mil produtos químicos, dos quais mais de 60 são conhecidos ou suspeitos de atuarem como agentes cancerígenos ou tóxicos para a reprodução. Por exemplo, monóxido de carbono, cádmio, chumbo, benzeno, nicotina, radioativo e polônio-210", explica o especialista.
O médico ainda ressalta que o fumo interfere nas chances de sucesso de uma reprodução assistida. "O tabagismo é um perigo à fertilidade associado ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo interferindo no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduzindo a taxa de gravidez. O tabagismo passivo, ou seja, quando a mulher não fumante convive com alguém que fuma, também impacta nos tratamentos de reprodução assistida. Em relação às não fumantes, dados apontam que o sucesso nas tentativas é 2,7 vezes maior", diz Renato de Oliveira.
Para quem sonha com a maternidade, é indispensável começar o tratamento contra o tabagismo antes da gravidez.