Segundo Patrícia Augusto Alvarenga, professora do curso de Psicologia da Una, o principal ganho seria o fato de que o afeto criado pela relação permite que a criança desenvolva aspectos emocionais e saiba também se portar melhor socialmente. "Um animal doméstico atua sempre como uma importante ferramenta para os exercícios afetivos", explica a especialista.
Além disso, o contato com os animais também traz maior resistência para o organismo infantil. Algumas alergias, por exemplo, podem ser combatidas por agentes de defesa que se desenvolvem devido ao convívio. "O contato com os pets desde os primeiros meses de vida propicia uma série de experiências imunológicas, ajudando a criança a desenvolver capacidades de defesa contra agentes variados", diz a médica veterinária Alice Maletta, do pet shop Entre Patas e Pelos.
Maletta explica que a escolha do animal depende das condições disponíveis para a criação. A família precisa ponderar a possibilidade que tem de abrigá-lo, pensar no espaço ocupado, no tempo que será necessário para cuidar dele e analisar qual espécie se adequa melhor à rotina da casa. "Os fatores são a motivação familiar, o espaço, a disponibilidade de tempo, as características da vida familiar e a capacidade financeira de arcar com os custos", completa.
Para a psicóloga Patricia Alvarenga, a afinidade da criança também é um fator que deve ser levado em conta. "É válido perguntar para ela de que animal gosta mais e qual gostaria de ter. Assim, o vínculo é mais fácil", pondera.
Uma pergunta comum quando se pensa na relação entre crianças e animais de estimação é se existe idade adequada para se ter o primeiro bicho. Não há um consenso entre especialistas, mas todos concordam que, independentemente da idade, a orientação e a supervisão dos pais são fundamentais. Segundo a médica veterinária Alice Maletta, a idade ideal é a partir dos três anos, quando a criança já tem certa independência e é capaz de entender regras. Ela frisa que, com supervisão, não existe problema que seja antes disso..