Como mostra a médica Annamaria Massahud, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, a densidade das mamas é avaliada pelo exame de mamografia. Portanto, não significa que seios mais firmes sejam, necessariamente, mais densos que os normais. Na radiologia, a mama densa possui maior área glandular e menos gordura. "Por esse motivo, estudiosos consideram que essa parte do corpo estaria mais exposta aos hormônios e à proliferação de células, aumentando o risco de câncer", afirma a especialista.
Outro agravante das mamas densas, segundo a mastologista, é que elas podem encobrir alguma lesão que exista no local. Na mamografia, as lesões aparecem na tonalidade branca, mesma cor do tecido denso. Dessa forma, fica mais difícil identificar esses problemas nos seios.
"Se uma pessoa tiver uma mama extremamente densa, ela vai ter quatro vezes mais risco de desenvolver câncer. É um fator de risco, mas não significa que a mama densa é sinal de que vai ter a doença", ressalta Annamaria Massahud.
A relação entre a densidade e o aumento das chances de câncer está mais associada a pessoas com idade avançada.