Segundo Adauto Versiani, diretor do departamento de endocrinologia da Associação Médica de Minas Gerais, as calorias armazenadas no tecido adiposo fazem com que haja a produção de um hormônio chamado leptina, responsável por deixar o cérebro atualizado sobre como andam as reservas de energia. Quanto mais tecido adiposo, maior é a reserva de energia e a sensação de saciedade. Quando a pessoa fica muito tempo sem comer, ou emagrece, os níveis de leptina caem e estimulam a volta do apetite.
Porém, no paciente obeso, existe uma resistência à sinalização de leptina no cérebro. O órgão não recebe a informação de que já existe muita reserva de energia. Consequentemente, essas pessoas continuam comendo mais do que o necessário e ganham peso.
Ainda conforme o endocrinologista, o estudo português descobriu que o cérebro responde à sinalização de leptina com a produção de um hormônio chamado norepinefrina.
O médico lembra que o próximo passo é descobrir uma maneira de gerenciar o norepinefrina. "Esse hormônio, quando administrado sistemicamente, pode atuar no coração, vasos e cérebro, induzindo taquicardia, arritmia, hipertensão e irritabilidade", esclarece o especialista..