Porém, um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, revelou que 40% das mulheres, entre 50 e 69 anos de idade, em todo o Brasil, não realizaram mamografia nos dois últimos anos anteriores à pesquisa. "Por conta disso, infelizmente, no Brasil, a maioria dos diagnósticos é realizada em fases avançadas da doença", revela o oncologista Agnaldo Anelli, do Hospital São Camilo, de São Paulo.
Há diversos fatores que aumentam o risco de a mulher desenvolver o problema, como ter idade superior a 50 anos, ser tabagista e ter realizado terapia de reposição hormonal sem a supervisão médica adequada. "A incidência familiar também é relevante. Mulheres com parentes de primeiro grau, como irmãs ou filhas, que têm ou tiveram câncer de mama, apresentam um risco 30% maior, quando comparadas com outras sem esse histórico", explica o médico.
Nos casos de doença na família, é importante iniciar o acompanhamento médico ainda jovem. "A mamografia é apenas indicada para mulheres com mais de 50 anos, mas, antes disso, é possível realizar a ultrassonografia das mamas. O exame de imagem detecta se há lesões suspeitas e, caso alguma alteração seja encontrada, será necessário realizar biópsia do tumor, assim como fazemos com a mamografia", esclarece Anelli.
Com base no diagnóstico, o especialista vai indicar o tratamento mais assertivo.