Revista Encontro

Internacional

Em pleno século XXI, Estados Unidos registram casos de peste negra

A doença, que parece coisa de livro de história, é uma perigosa realidade em alguns estados americanos

João Paulo Martins
No século XIV, 50 milhões de pessoas morreram na Europa, Ásia e África devido à peste negra, ou peste bubônica, que se espalhou devido aos ratos nas grandes cidades.
A doença, causada pela bactéria Yersinia pestis, é transmitida por uma espécie de pulga e, ao contrário do que muitos pensam, não é coisa da Idade Média. Por incrível que pareça, em 2015 já foram registrados 15 casos da peste nos Estados Unidos, com quatro mortes.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano, a doença é comumente encontrada nos estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado. Nesses locais, o problema se espalha devido ao contato com a pulga do cão-da-pradaria, que é um pequeno mamífero roedor, típico da América do Norte. "O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", diz Daniel Epstein, da Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista ao site da BBC.

A peste negra chegou nos Estados Unidos no início do século XX, em regiões portuárias da costa oeste. O último registro de uma epidemia em solo americano se deu em 1925, na cidade de Los Angeles.

A doença afeta os nódulos linfáticos, responsáveis por filtrar a linfa (líquido rico em glóbulos brancos), e pode levar à gangrena e, consequentemente, à perda de membros e até à morte. Na verdade, a taxa de mortalidade da peste bubônica pode chegar a 60%.

(com BBC Brasil).