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Saúde

Chegada do vírus zika ao sudeste é inevitável, diz médico

Segundo o especialista, a doença deve vir no 'embalo' da dengue, que é comum durante o período das chuvas

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A chegada do vírus zika ao sudeste é inevitável, segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, supervisor do Pronto-Socorro do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
Nesta sexta, dia 27 de novembro, foram anunciados dois casos de microcfalia, na capital paulista, em gestantes que vieram de Pernambuco e da Paraíba.

"Há riscos, devido às chuvas, ao calor e à presença do Aedes aegypiti ", diz o médico. De acordo com o infectologista, como há zika circulando pelo nordeste, é inevitável que o vírus chegue à região sudeste. "No final deste ano, é para vir dengue com muito força", acrescenta.

Ralcyon explica que as duas mulheres com casos confirmados em São Paulo já passaram da fase de transmissão do vírus, que dura aproximadamente 11 dias. "Para essas, mulheres não existe mais riscos, pois ela não têm circulação do vírus no sangue. Assim, não passa para outras pessoas, mesmo com o mosquito as picando", diz o especialista.

Recomendação

As mulheres grávidas devem redobrar a atenção para evitar o contato com o Aedes aegypiti. Ralcyon lembra que pouco se sabe sobre como a infecção afeta o feto durante a gestação, mas a formação dos órgãos do bebê ocorre até o segundo trimestre da gravidez. "É o período mais importante.
Provavelmente, as infecções mais precoces, no início da gestação, são as que mais comprometem", diz ele.

A microcefalia pode ser consequência de um problema ósseo da cabeça do bebê, que geralmente se resolve com o tempo, de uma malformação congênita ou infecção adquirida pela mãe (caso do zika). Crianças com microcefalia desenvolvem, em 90% dos casos, algum nível de retardo mental.

Por isso, as gestantes devem ficar atentas aos sintomas do zika: vermelhidão na pele, dor no corpo, febre, coceira e olhos vermelhos. Além disso, a população precisa ajudar na eliminação do mosquito vetor.

(com Agência Brasil).