Segundo o médico Paulo Repsold, diretor da Associação Mineira de Psiquiatria, o fenômeno, também conhecido como "síndrome do cadáver ambulante", é consequência de uma depressão gravíssima. "É uma condição psicótica, delirante e alucinatória", define o especialista.
A pessoa pode achar que está sem sangue e que os órgãos internos estão necrosados. Em casos mais graves, ela pode até negar sua própria existência, bem como a de outras pessoas.
No entanto, o psiquiatra ressalta que, atualmente, é muito difícil uma pessoa chegar a esse quadro. "Os doentes mentais começam a tomar medicação rapidamente, o que leva à melhora e não deixa o problema evoluir. É igual à lepra.
O tratamento é feito com o uso de antidepressivos. O paciente não precisa, necessariamente, ser internado. "Às vezes, a pessoa é levada a uma clínica porque ela precisa tomar soro, se alimentar. Como existe a sensação de que já morreu, o paciente não quer fazer mais nada. O fato dele ser internado não significa que corre risco de matar alguém, por exemplo", ressalta Paulo Rpsold..