O presidente da Associação Brasileira de Resorts, Luiz Daniel Guijarro, comenta que a legalização dos cassinos permitiria um aumento das taxas de ocupação dos resorts no país e dobraria o faturamento do setor. Segundo ele, mesmo com a crise, em 2015 o segmento de resorts deverá fechar com R$ 1,8 bilhão de receita, quase R$ 100 milhões a mais do que no ano passado. As projeções feitas caso os cassinos fossem legalizados apontam que a receita seria de R$ 2,16 bilhões.
Ele ainda diz que a média de ocupação dos resorts brasileiros é de 60% ao ano e que aumentaria consideravelmente se houvesse a regulamentação dos jogos. "Há um espaço para crescimento, se a gente considera a probabilidade de ter cassinos, já que, com esse segmento, vamos dar um salto de ocupação. É um segmento que traz uma linearidade, diferente do lazer e de eventos corporativos que são sazonais", comenta Guijarro.
O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, lembra que o jogo ilegal no Brasil movimenta R$ 18 bilhões. Para ele, o país tem um potencial em várias cidades do interior e será benéfico para a economia se os cassinos forem legalizados.
Alexandre acrescenta que, só com os cassinos, o setor de turismo teria mais 400 mil postos de trabalho e ganharia mais investimentos internacionais. Ele também defende ainda a possibilidade desse tipo de entretenimento nas capitais, mas ressalta que o foco seria a interiorização dos empreendimentos.
Cautela
O assessor da presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Walter Ferreira, recomenda cautela antes de legalizar os cassinos.
Para Ferreira, todas as formas que buscam desenvolver o turismo no Brasil interessam ao governo. "Nosso país fideliza: 78% voltam ao Brasil. Com o fim dos grandes eventos, essas podem ser as novas saídas", diz.
Vantagens
O deputado Herculano Passos (PSD-SP), que solicitou a audiência pública, comenta que a geração de empregos e o aumento da arrecadação de tributos são as principais vantagens da legalização do jogo no país. "É preciso ter empresários que invistam nos lugares que vão receber o empreendimento", diz.
Segundo o parlamentar, nos países onde há predominância da religião católica, apenas o Brasil não possui cassinos. "Estamos na contramão do que é o desenvolvimento. Brasileiro gosta de jogar, cada um joga o que quer e é esse que paga o imposto", afirma.
(com Agência Câmara).