A única substância capaz de salvar uma pessoa com quadro de anafilaxia é a adrenalina – que age como um bloqueio entre o fator que causa a alergia e as células do corpo. O problema é que, atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não permite a venda do medicamento nas farmácias. Segundo Roberto de Souza Lima, esse fator dificulta o acesso das pessoas à substância. Por isso, a Asbai criou uma campanha na internet com a intenção de reunir 10 mil assinaturas para pedir à Anvisa que regulamente a venda da adrenalina nas farmácias.
A ideia da entidade médica é que seja permitida a comercialização da substância na forma autoinjetável – uma espécie de caneta que contém apenas uma dose (entre 0,3 e 0,15 mg) de adrenalina. Assim, em casos de choque anafilático, a pessoa afetada ou alguém próximo a ela pode, facilmente, comprar e aplicar o medicamento, evitando o risco de morte.
O médico explica que a substância não é fabricada no Brasil e pode ser encontrada somente em hospitais ou comprada em empresas que fazem a importação. Segundo ele, ambos os casos dificultam as chances de salvamento de quem sofre anafilaxia.
Causas da anafilaxia
Picadas de insetos (principalmente abelhas e marimbondos), alimentos, medicamentos e látex são os principais causadores de alergias extremas, sendo os dois primeiros mais recorrentes em crianças, e, os últimos, em adultos, de acordo com o presidente da Asbai.
Ainda segundo o médico, não há um exame clínico capaz de detectar se uma pessoa possui alguma dessas alergias. O diagnóstico só é possível quando a anafilaxia ocorre. Neste caso, o exame é realizado para confirmar se a alergia foi causada por aquilo que a pessoa ingeriu ou pela ocorrência da picada de um inseto.
Sintomas
O site da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia mostra que os principais sintomas de um choque anafilático são: urticária crítica, inchaço, falta de ar, cólica, vômito e diarreia. O risco de morte é altíssimo..