Revista Encontro

Curiosidade

Conheça o médico mineiro que coleciona 300 bolas de Natal

Do Vaticano à Tailândia, Bruno Scheffer possui uma árvore natalina que é uma verdadeira 'volta ao mundo'

Vinícius Andrade
Final de ano é tempo de reunir a família, trocar presentes, brindar, ajudar ao próximo e, claro, montar a árvore de Natal.
Algumas pessoas esperam ansiosamente por esse dia, como é o caso do médico Bruno Scheffer, de 43 anos, especialista em reprodução humana. Se quiser vê-lo feliz basta presenteá-lo com bolas de Natal. Essa é a paixão de Bruno, que já conta com cerca de 300 desses adereços, de diferentes modelos e lugares do mundo.

O médico se recusa a chamar as bolas de enfeite. Para ele, cada objeto carrega um significado. "Notei que eu estava colecionando retratos. Hoje, minha árvore de Natal é um porta-retrato gigante. Cada bola traz com ela o lugar de onde veio, as pessoas que estavam em volta.
Elas me trazem muitas recordações", conta o colecionador.

A paixão pelo Natal começou quando o médico ainda era criança. Cada membro da família recebia um galho de árvore e havia um concurso do enfeite mais bonito. "Aquilo foi se perpetuando. Como minha família viaja muito, comecei a notar que em todos os lugares havia uma loja com itens de Natal. Então, decidi colecionar as bolas". Isso aconteceu quando Bruno tinha 18 anos e, desde então, não parou mais.

Por onde passa, ele compra um "enfeite". O preferido foi adquirido em Madri, na Espanha, e tem o formato de uma espiral. "Foi uma época fantástica da minha vida", relembra, com saudosismo. Em uma viagem a Nova York, Bruno comprou 40 bolas. No aeroporto, ele precisou abrir todas as caixas, uma por uma, para provar que o conteúdo não passava de enfeites natalinos.

O colecionador é casado e possui dois filhos, ainda crianças. Eles também ficam encantados com os adereços, mas não os utilizam como brinquedos. "Eles olham para as bolas e se lembram de mim. É a árvore do papai.
Cada um tem uma preferida", diz o médico.

A árvore deste ano já está enfeitando a casa da família Scheffer. Foram necessárias três pessoas e nada menos que sete horas para manter a tradição natalina.

Naquela sala, existe um pedacinho da China, do Japão, da Tailândia, da Austrália, do Peru, da Croácia, do Vaticano, entre outros diversos países de onde as bolas foram "importadas".

Se alguma se quebrar, não se preocupe, Bruno não vai adoecer. "As pessoas me perguntam se não corre risco de eu morrer , caso aconteça algum acidente com elas. Ma,s eu penso que tudo na vida tem um ciclo. Mesmo que a bola tenha se quebrado, eu ainda me lembro dela", garante.
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