Revista Encontro

Meio-ambiente

Lama na superfície do oceano no Espírito Santo é mais densa que no fundo

Segundo a Marinha do Brasil, a dispersão do material proveniente do rompimento da barragem em Mariana demora e depende de vários fatores

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A extensão da pluma (mancha de lama) na superfície do oceano no Espírito Santo é maior do que a encontrada no fundo.
Levantamento feito pela Marinha informa que os pesquisadores identificaram na água partículas finas em suspensão, entre 0,45 e 5 milésimos de milímetro. A dispersão da lama é complexa e influenciada principalmente pelos ventos, pelas correntes, marés e a batimetria (profundidade).

A Marinha apresentou na segunda, dia 30 de novembro, o relatório preliminar dos impactos no litoral do Espírito Santo, na Foz do Rio Doce, da lama com rejeitos de minério que vazou do rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), no dia 5 de novembro. O levantamento está sendo feito pelo navio de pesquisa Vital de Oliveira.

Do dia 26 a 30 de novembro, os 130 profissionais embarcados definiram a área de influência e os parâmetros físicos, químicos, geológicos e biológicos de maior relevância para caracterização. Segundo a assessoria da Marinha, ainda não há resultados sobre a toxicidade da lama que foi para o oceano. As conclusões serão divulgadas após análises das amostras em laboratórios, que devem durar cerca de três semanas.

A segunda etapa do levantamento vai dia 5 de dezembro, quando será feito o detalhamento da área de influência e dispersão da lama e a representatividade espacial e temporal das análises feitas na primeira etapa.

Segundo a Marinha, nesta primeira etapa, foram definidos 21 pontos de coleta dentro da área preliminar de caracterização. Em alguns pontos, as análises ocorreram em mais de duas profundidades. No total, foram coletadas 391 amostras de água e sedimento que compreendem 350 litros de água e 65 kg de sedimentos, aproximadamente.

(com Agência Brasil).