Enquanto o Viagra facilita a irrigação sanguínea, responsável pela ereção masculina, a flibanserina age no sistema nervoso, provocando uma alteração no humor – o que incluiria também a libido. Neste caso, o medicamento, chamado de Addyl, também poderia ser usado por homens. "A única semelhança com o Viagra é que foram descobertos ao acaso", afirma o sexólogo Gerson Lopes, membro da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais.
Mito ou verdade?
O sexólogo Gerson Lopes tem realizado palestras pelo Brasil com o tema Flibanserina: Solução ou Ilusão?. O especialista revela que "torce" para estar errado, "mas está muito mais para ilusão. Não vai ser uma revolução sexual". Segundo ele, é importante investir em pesquisas que foquem no prazer sexual da mulher, mas os desafios são muito maiores em relação aos estudos direcionados aos homens.
Vetado no Brasil
Nos primeiros testes nos Estados Unidos, a substância foi reprovada pela FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental responsável pelo controle dos alimentos, suplementos alimentares e medicamentos. Porém, depois de novos estudos, ela foi aprovada em agosto do ano passado. No Brasil, o Addyl ainda não tem a comercialização liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cuidados
O medicamento pode apresentar efeitos colaterais como tontura, sonolência, queda de pressão arterial e desmaio. O produto, por enquanto, é direcionado para mulheres na pré-menopausa (entre 40 e 50 anos)..