De acordo com o cardiologista, há uma relação comprovada entre o consumo excessivo de álcool e a ocorrência de arritmia cardíaca, em especial a fibrilação atrial. O médico ressalta, porém, que esse excesso de álcool é individual, não há uma dose padronizada ou um volume estabelecido que provoque a arritmia.
Tais arritmias podem surgir tanto entre pessoas que não estão acostumadas a beber quanto entre as que bebem regularmente. "Independentemente do hábito etílico, a arritmia pode ocorrer, sempre que houver excesso na ingestão de álcool", diz o médico.
A Socerj recomenda bom senso e consumo moderado de bebidas alcoólicas no Carnaval e que, ao sentir desconforto, como coração acelerado, sudorese, mal-estar intenso e fraqueza, as pessoas procurem assistência médica imediatamente. É necessário fazer eletrocardiograma e verificar a pressão e a frequência cardíaca, para confirmar o diagnóstico da arritmia.
Luiz Eduardo Camanho acrescenta que também é preciso evitar a mistura de bebidas alcoólicas com energéticos convencionais, que têm grande quantidade de cafeína. Ele explica que, embora não haja relação direta entre consumo de café e arritmia cardíaca, quando a pessoa ingere uma quantidade excessiva de cafeína e de álcool, acaba tendo dois estimulantes que são deflagradores.
"O energético entraria aí como mais um fator para a ocorrência de arritmia cardíaca, mas o álcool é a principal causa", afirma.
Durante o Carnaval, o médico aconselha os foliões a beberem muita água. "É importante beber muito líquido, porque o principal efeito do álcool é que ele causa desidratação celular". Para cada copo de álcool ingerido, deve-se tomar, em média, o dobro de líquido, como água ou mate.
(com Agência Brasil).