Segundo o jornal italiano Il Messaggero, a decisão de cobrir as Vênus desnudas e demais estátuas, em respeito à cultura iraniana, partiu do escritório do primeiro-ministro Matteo Renzi, que se encontrou com Rouhani no Capitolini. Curiosamente, até a escolha da sala em que os dois apareceriam para a imprensa causou discórdia, pois, nela, havia uma grande estátua de bronze do imperador Marco Aurélio, que também acabou sendo removida.
"Cubrir as estátuas do museu Capitolini para a visita de Rohani é uma prova de atenção exagerada que não pode ser compartilhada. O respeito às outras culturas não pode e não deve supor a negação da nossa", critica o deputado Luca Squeri, do partido Forza Italia, ao Il Messaggero.
Muitos italianos também questionaram, nas redes sociais, as ações de "censura" do governo. "Eu não tenho medo deles. Tenho medo de nós mesmos", diz o internauta Gabrix_90, no Twitter.
A visita de Rouhani em Roma se dá 16 anos após a última viagem de um presidente iraniano à capital da Itália, e coincide com o fim das sanções econômicas dos Estados Unidos ao país muçulmano.
(com Agência Télam).