Segundo os padrões chineses, o máximo recomendado de concentração de partículas PM2.5 – as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões – é de 35 microgramas/m³.
O nível de poluição nas 366 cidades testadas foi cinco vezes superior ao máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 25 microgramas/m³.
O uso de carvão como fonte de energia é generalizado e emissões da indústria pesada cobrem as cidades chinesas em uma nuvem de poluição, que provoca anualmente milhares de mortes prematuras.
Pequim foi a 27ª cidade mais poluída, com média de 80,4 microgramas por metro cúbico, uma redução de 3,3% em relação a 2014.
Na província vizinha de Hebei, a cidade industrial de Baoding foi a segunda com os mais altos níveis de poluição no ano passado - uma média de 107 microgramas/m³.
"As causas da frequente incidência de nuvens de poluição em Pequim e nas regiões vizinhas foram o vento e a umidade", acrescenta o Greenpeace em comunicado à imprensa.
"Apesar de as condições climáticas ajudarem a explicar a poluição, a principal causa continua a ser o excessivo uso do carvão no Norte da China", diz ainda a nota.
A cidade mais poluída foi Kashgar, na região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, com média de 119,1 microgramas/m³.
Pequim decretou em dezembro do ano passado, por duas vezes, o alerta vermelho (o mais alto) por poluição atmosférica, em uma decisão inédita e que deverá se repetir sempre que a concentração de partículas PM2.5 for superior a 300 microgramas/m³ ao longo de três dias consecutivos.
(com Agência Lusa e Portal EBC).