O relatório chama a atenção para a resistência a antimicrobianos e uma crescente crise de saúde pública que aponta para uma prática agrícola comum como uma causa contribuinte.
Mais de dois milhões de americanos ficam doentes com infecções resistentes aos antimicrobianos a cada ano, com mais de 23 mil mortes resultantes, de acordo com as estatísticas federais citadas no texto da AAP. Para a maioria dos tipos de infecções notificadas ao Centro de Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos dos Estados Unidos, em 2013, a maior incidência foi entre crianças menores de 5 anos de idade.
Segundo especialistas do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo, as crianças podem ser expostas a bactérias resistentes a múltiplas drogas, que são extremamente difíceis de tratar em caso de infecção, se tiverem contato com animais que receberam antibióticos e por meio do consumo de carne desses animais.
Assim como os seres humanos, animais de criação devem receber antibióticos apropriados para infecções bacterianas. No entanto, o uso indiscriminado de antibióticos sem receita médica coloca a saúde das crianças em situação de risco, alerta o hospital.
O relatório da Academia Americana de Pediatria sublinha a importância de preservar os antibióticos para tratar a doença em humanos e animais. "Como o Brasil é um dos maiores produtores de carnes de diversos tipos é possível ou provável que por aqui também se use medicamentos nas criações", comentam os especialistas do hospital paulista.
(com Hospital Infantil Sabará e Portal EBC).