Segundo ele, o Aedes compensa sua debilidade para voos mais altos (costuma voar baixo, até 1, 2 m de altura) utilizando os mesmos meios dos seres humanos para se deslocar. "O fato de não voar em grandes altitudes não impossibilita que ele chegue até locais mais altos. Como nós, ele também sobe de elevador, anda de carro, viaja de avião. Onde a gente vai, o mosquito vai atrás", explica o especialista. "Já em questão de distância, há estudos que apontam que o Aedes aegypti pode alcançar até 1 km em áreas onde não existam muitas pessoas, mas, em geral, eles não se deslocam por mais de 200 m".
Luciano Pamplona, que é também secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, afirma que esse novo hábito ocorre por causa da domesticação do inseto. "O mosquito se tornou praticamente um bichinho de estimação", brinca.
Segundo o biólogo, muito provavelmente, um exemplar de Aedes Aegypti terá seu ciclo de vida, que dura cerca de 30 dias, dentro de uma mesma casa, por ali encontrar as condições favoráveis para se desenvolver e reproduzir.
(com Portal EBC).