Segundo Tony Tyler, diretor-geral da Iata, a ameaça que os aviões não tripulados representam está evoluindo, já que as pessoas estão apenas começando a descobrir o potencial dessa tecnologia. "Estou tão animado quanto vocês em relação à ideia de ter uma pizza entregue por um drone”, diz Tyler, durante a conferência. Ele chama a atenção, por outro lado, para o "reverso da moeda".
"Não podemos permitir que seja um obstáculo ou uma ameaça à segurança da aviação comercial", sustenta. Ele defende uma "abordagem avisada" relativa à regulação dessa tecnologia, e punição para quem "não observar as regras e os regulamentos e colocar os outros em perigo".
À medida que a utilização dos drones se expande da esfera militar para a comercial, e até para fins puramente recreativos, os especialistas temem que os aparelhos – caso não sejam regulados – possam um dia colidir com um avião comercial. "A questão é real. Temos uma série de relatos de pilotos sobre encontros com drones, que não eram esperados, particularmente a baixas altitudes e nas proximidades dos aeroportos. Não há como negar que existe uma ameaça real e crescente à segurança da aviação comercial causada pelos drones", afirma Tony Tyler.
De acordo com Rob Eagles, especialista em drones da Iata, não existe um número oficial sobre os aviões não tripulados que existem em todo o mundo.
A principal preocupação da Iata é com os drones que voam a baixas altitudes, principalmente em regiões próximas aos aeroportos, que podem representar ameaça para os aviões na hora de decolar ou aterrissar. Porém, órgãos reguladores da aviação civil garantem que o espectro de rádio usado para controlar os drones não interfere nos sistemas de controle do tráfego aéreo.
(com Agência Lusa e Portal EBC).