Chamada de CimaVax EGF, a vacina começou a ser pesquisada pelo Centro de Imunologia Molecular de Havana, capital de Cuba, em 1992. Apenas em 2011, quase 20 anos depois, ela ficou pronta para ser testada clinicamente. Hoje, após ter o efeito comprovado em cerca de mil pacientes, a CimaVax já está sendo procurada por vários países, como Peru, Canadá, Grã-Bretanha e até os Estados Unidos. Na terra do "tio Sam", só falta a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão que controla os alimentos e os medicamentos, para que sejam feitos os testes clínicos e a consequente liberação do produto.
Segundo o Centro de Imunologia Molecular de Cuba, a CimaVax EGF deve ser aplicada logo após o fim do tratamento do paciente com câncer de pulmão – ou seja, quando são encerradas as sessões de quimioterapia e/ou radioterapia. A vacina funciona, então, como o último recurso no combate ao tumor, barrando o reaparecimento do câncer e ajudando, assim, na sobrevida do paciente. Até agora, não foi registrada nenhuma toxicidade associada ao medicamento, e nem reações adversas mais sérias.
Como mostra o portal científico IFL Science, a CimaVax não representa a cura do câncer. Ela possui uma proteína, a EGF, que é encontrada normalmente no corpo humano. Como se sabe, o tumor faz com que o organismo produza essa proteína de forma descontrolada no pulmão, aumentando e multiplicando as células cancerosas. A vacina, por sua vez, atua ajudando o sistema imunológico a produzir anticorpos que inibem os efeitos da proteína EGF. Portanto, o efeito prático da nova terapia cubana é a inibição do crescimento do tumor no pulmão..