Em pronunciamento no Congresso americano na terça, dia 15 de março, o general John Hyten, chefe do comando espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, fez um alerta de que os principais "adversários" globais dos americanos estariam preparando uma ação conjunta capaz de desativar ou eliminar satélites militares.
Segundo o militar, anos após o fim da chamada Guerra Fria, a China e a Rússia estariam desenvolvendo ferramentas físicas, energéticas e virtuais para "degradar e destruir a capacidade espacial americana". Apesar de não ter provas dessas graves afirmações, o general pede ao Congresso que aprove o novo projeto da Força Aérea americana, que prevê a proteção dos bens dos EUA no espaço contra a "possível agressão estrangeira".
Na mesma sessão, o tenente-general David Buck, comandante do Componente da Junta Funcional, vinculado ao Comando Estratégico dos EUA, foi ainda mais enfático ao declarar que a Rússia e a China se mostram como verdadeiras ameaças aos sistemas espaciais. "O fato é que não existe nenhum aspecto de nossa estrutura espacial e mesmo da estrutura em terra, que não esteja em risco. A Rússia entende nossa dependência no espaço como uma vulnerabilidade que pode ser explorada. E eles estão adotando ações deliberadas para fortalecer suas capacidades contraespaciais", alerta Buck.
Ele lembra ainda que em dezembro de 2015, a China criou sua primeira unidade militar dedicada ao espaço e ao ciberespaço, chamada de Forças de Suporte Estratégico, que devem concentrar as primncipais ferramentas de "ataque". "China está desenvolvendo, e tem mostrado isso, uma grande variedade de tecnologias contraespaciais, que incluem mecanismos co-orbitais, jammers terrestres e lases, todos capazes de destruir satélites", completa David Buck.
O "medo" americano está relacionado principalmente à dependência dos satélites de posicionamento global (GPS).
(com Agência Sputnik).