A tatuadora canadense Trish Rodgers realiza essa prática bizarra e chegou a tatuar na própria prima uma rosa composta pelas cinzas de uma tia falecida. "Cinzas são essencialmente carbono. E carbono é o ingrediente básico da tinta preta", diz Rodgers ao jornal National Post, do Canadá. Segundo a tatuadora, nem todos os profissionais gostam de realizar esse tipo de trabalho, que ainda é considerado um tabu.
Mas, como Trish deixa claro, o uso de restos mortais de parentes numa tatuagem é uma forma de lembrança, de homenagem. "É algo íntimo e particular, que está relacionado aos membros da família, que aceitam o 'risco', se é que existe algum", comenta Trish ao periódico canadense.
Não apenas pessoas se transformam em arte corporal. A tatuadora chegou a usar as cinzas de seu gato, que foi cremado, para fazer a imagem de uma patinha em sua perna.
O Ministério da Saúde do Canadá não corrobora com essa prática, e, segundo o National Post, o órgão do governo alerta que o uso de elementos não esterilizados nas tintas de tatuagem podem trazer consequências às pessoas.
Apesar do suposto "risco", a artista Kystal Borsa não pensou duas vezes para prestar uma homenagem à própria mãe, que faleceu quando ela tinha apenas 11 anos. Com as cinzas da mãe misturadas às tintas, ela fez uma grande tatuagem no ombro direito. O desenho foi feito no estúdio Toronto's Body of Art Tattoo, em outubro de 2013. Esse é um dos poucos locais em que a chamada "morbid tattoo" (tatuagem mórbida) é realizada no Canadá..