Para isso, o cientista computacional Wenyao Xu está produzindo um catálogo de sons de alimentos sendo mordidos, mastigados e engolidos. A pesquisa, que vem sendo realizada pela Universidade de Búfalo, no estado de Nova Iorque (EUA), foi publicada em fevereiro deste ano no periódico científico IEEE Sensors Journal. O diferencial do estudo é que os áudios servem de base para um sistema, capaz de reconhecer o alimento que está sendo ingerido por uma pessoa, por meio do acessório chamado AutoDietary, uma espécie de "colar" com microfone – está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade do Nordeste da China. Após a detecção do som, a informação é transferida, usando bluetooth, para um aparelho celular, que detém um aplicativo específico, criado por Wenyao Xu. Com isso, é possível ter noção da dieta ou rotina alimentar diária do usuário, incluindo a ingestão de líquidos.
A pesquisa que associou o produto consumido ao respectivo som foi feita com 12 voluntários, de idades variadas. Eles beberam água e comeram seis tipos de alimentos: maçã, cenoura, batata chips, cookie, amendoim e nozes. O AutoDietary foi capaz de reconhecer corretamente 85% dos produtos que foram consumidos pelos voluntários.
"Cada alimento, conforme é mastigado, tem sua própria 'voz'", diz Xu, em entrevista ao site oficial da Universidade de Búfalo.
Por enquanto, o "colar" criado pelo cientista computacional possui sérias limitações, que o tornam incapaz de diferenciar o som de alimentos mais complexos, como sopa e pizza, e também de produtos com texturas parecidas, como sorvete e mingau.
Abaixo, você pode conferir os sons produzidos pelo consumo de cookies e de amendoins:
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