"O povo está nas ruas, está maduro e, mesmo passando por um momento difícil, não houve conflito.
Ele considera que o país possui problemas sérios a serem resolvidos não só na economia como na política e nas questões sociais e, para atingir condições adequadas de governabilidade, será necessário dar continuidade às apurações da operação Lava Jato e de outras "doa a quem doer".
Respeito à Constituição
FHC observa que chegará o momento em que o Superior Tribunal Federal (STF) terá que opinar a respeito, mas, sempre seguindo o cumprimento da lei.
No encontro, o ex-presidente critica as negociações políticas afirmando que o país vive um presidencialismo de cooptação, sistema favorecido, na visão dele, pelo grande número de agremiações partidárias que, no Congresso Nacional, somam 25, lembra o sociólogo.
Fernando Henrique também rebate as argumentações dos partidos e movimentos sociais em apoio à presidenta Dilma Rousseff, segundo as quais o processo de abertura do impeachment tenha surgido de modo espúrio, a partir de um conluio da oposição ao governo.
"É preciso juntar forças para manter a liberdade, o respeito e não insistir numa coisa que não é verdadeira. Não há golpe nenhum. Ocorreu tudo dentro da lei, segundo o rito da Constituição", afirma.
Perguntado sobre a possibilidade de novas eleições, FHC alerta que isso viria a quebrar os preceitos da Constituição. "Fora da Constituição é sempre perigoso. Já é ruim passar pelo impeachment.
(com Agência Brasil).