Se fôssemos armazenar esses 44 trilhões de GB com a tecnologia que temos hoje, seriam necessários seis servidores monumentais, com até 370 mil km de comprimento. Para se ter uma ideia, essa é a distância entre a Terra e a Lua.
A boa notícia é que pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, conseguiram armazenar imagens digitais em uma sequência de DNA sintético. Além disso, eles foram capazes de acessar e recuperar os dados, que permaneceram intactos. O estudo, realizado em parceria com a Microsoft, foi divulgado no início de abril deste ano, durante uma conferência internacional sobre sistemas operacionais e linguagem computacional, realizada em Atlanta (EUA).
"A vida produziu uma molécula fantástica chamada DNA, que é capaz de armazenar todo tipo de informação sobre nossos genes e sobre o modo como funciona nosso sistema orgânico. É extremamente compacta e durável", diz Luis Ceze, co-autor da pesquisa e professor assistente da Universidade de Washington, em matéria publicada no site da instituição de ensino. "Essencialmente, estamos reconfigurando o DNA para guardar dados como fotos, vídeos e documentos, numa forma acessível por centenas ou milhares de anos", completa o cientista.
Esse método "futurista" de guardar informação não é novidade. O geneticista americano George Church, da Universidade de Harvard, autor do livro Regenesis, já havia conseguido armazenar 5,7 MB de dados variados, incluindo 53 mil palavras, 11 imagens e um aplicativo, numa parte ínfima de uma molécula de DNA. Para se ter uma ideia da capacidade de nosso código genético, em apenas 1 mm de DNA é possível guardar nada menos que 5,5 milhões de GB de informação. Com 4 gr de material genético, seríamos capazes de armazenar todos os dados produzidos pela humanidade num período de um ano..