O senador mineiro afirmou que Temer terá que mostrar para a população que vai fazer um governo "enxuto" e que "já hoje, no máximo amanhã, apresente ao Congresso Nacional um conjunto de propostas que sinalize de forma clara para o início de uma nova fase na história do Brasil", diz o tucano. "Ele terá uma grande chance, mas não pode errar", acrescenta.
Segundo Aécio, o PSDB vai apoiar Temer em torno de uma agenda já apresentada ao vice-presidente. De acordo com o senador, ao assumir o cargo, Temer já terá que sinalizar qual será a marca do seu governo. "Eu tenho dito ao vice-presidente que a contribuição que o PSDB vier a dar ao seu governo é a de ajudá-lo a aprovar reformas estruturantes como as reformas trabalhista, tributária e do estado", diz.
Até 2018
O senador Aécio Neves disse, ainda, acreditar que o resultado da votação no Senado e na Câmara dos Deputados, em que mais de dois terços dos parlamentares votaram contra Dilma, deixa Temer confortável para iniciar o governo interino, mas que "ele não pode, agora nessa interinidade, assistir o desenrolar desse processo, mas deve se portar como presidente que vai cumprir até o final de 2018 esse mandato", comenta.
Já o líder do DEM no senado, Ronaldo Caiado (GO), disse hoje que Temer precisa mostrar para a população que está disposto a "cortar na carne". Segundo Caiado, a votação no Senado pelo afastamento de Dilma mostra que a Casa refletiu o "sentimento da população brasileira" aumentando agora a responsabilidade do novo presidente. "Antes de cobrar da população, ele terá que fazer sua tarefa de casa de cortar na carne, cortar ministérios, mordomias, funcionários", defende o parlamentar.
Caiado disse que Temer terá que falar à população brasileira e defender uma pauta "construída nas ruas". "Os partidos políticos não foram os alavancadores desse processo , mas forçados a tomar uma decisão que foi levantada pela população brasileira", finaliza o senador.
(com Agência Brasil).