"Esta é, realmente, uma mudança de paradigma no que tange às civilizações planetárias e à busca por vida no Universo. Até então, a existência de tais 'mundos vermelhos' orbitando uma estrela anã superfria era puramente teórica. Mas, agora, não temos apenas um planeta circundando uma estrela vermelha, e sim, um sistema completo de três planetas", diz o astrônomo Emmanuël Jehin, co-autor do artigo, em matéria publicada no site oficial do Observatório Europeu do Sul.
Após a descoberta, os cientistas querem, agora, estudar a possibilidade de existir sinais de vida nesse sistema planetário. Para isso, vão analisar a luz que chega à Terra a partir do efeito causado pelas órbitas dos planetas. Esse tipo de luz não é visível em telescópios comuns.
Segundo os cientistas europeus, os três planetas se encontram muito próximos da estrela anã. Essa distância chega a ser 20 ou 100 vezes menor do que a existente entre a Terra e o Sol. Ainda assim, os astrônomos explicam que dois desses planetas recebem uma radiação "pequena", ou seja, "apenas" duas ou quatro vezes maior que a recebida pela Terra. Isso porque o "Sol" deles é muito mais fraco que o nosso. Sendo assim, a posição que se encontram em relação á estrela os coloca na lista de astros que podem ter condição de sustentar a vida.