Com o enriquecimento ambiental é possível minimizar os efeitos da vida em cativeiro por meio da utilização de estímulos no ambiente em que o animal se encontra.
Bióloga e responsável pela área de bem-estar animal do zoológico de BH, Cynthia Cipreste explica que o enriquecimento ambiental consiste na utilização de estímulos sensoriais (gustativos, olfativos, táteis e auditivos), sociais, cognitivos (de aprendizagem) e estruturais (alterações no mobiliário dos recintos) para possibilitar que os animais tenham hábitos mais próximos dos naturais a partir da exploração do ambiente onde vivem, da busca e da obtenção de seus alimentos e da marcação territorial, entre outros fatores.
De acordo com Cynthia, a atividade é feita, por exemplo, com a introdução de frutas ou de carnes escondidas no recinto ou colocadas em recipientes que dificultam a sua aquisição, simulando situações encontradas na natureza, além da colocação de galhos repletos de folhas saborosas ou de castanhas e outros alimentos atrativos. Esses e outros estímulos utilizados deixam o animal mais ativo e com maior diversidade comportamental, sendo também uma ótima ferramenta para trabalhar a educação ambiental com o público.
Vale ressaltar que a exibição de maior diversidade comportamental é um bom indicativo de que os animais conseguem responder e se adaptar às diferentes fontes de estresse e que consequentemente apresentam bom nível de bem-estar.
(com Ascom da PBH).