O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver, integrante do grupo de farmacêuticas que firmaram Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Ministério da Saúde. Segundo a PDP, a indústria desenvolve a formulação de medicamentos e após um prazo de cinco anos, deve transferir a tecnologia para a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). No fim desses cinco anos, a Fiocruz domina o processo e passa a fornecer diretamente para o ministério.
A Blanver entrará com o pedido de registro do genérico do Truvada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias, informa o presidente-executivo (CEO) da empresa, Sérgio Frangioni, nesta terça, dia 5 de julho. No momento, o dossiê sobre o genérico está sendo finalizado.
O remédio é composto por dois princípios ativos (entricitabina e tenofovir). Quando tomado diariamente, ele reduz o risco da pessoa contrair o vírus. Frangioni diz que já foram cumpridas todas as etapas do processo de desenvolvimento da droga, incluindo a formulação, iniciada em 2012, a estabilidade do produto e a fase de bioequivalência, quando o genérico é comparado com o produto de referência e tem sua eficácia comprovada.
Na Europa e nos Estados Unidos o Truvada custa 400 euros, podendo chegar a US$ 1 mil (cerca de R$ 3,25 mil). A fabricação do genérico no Brasil, com o registro da Anvisa, pode reduzir esse valor para um custo mensal de US$ 100 ou cerca de R$ 325.
Prevenção
Parte do medicamento genérico deverá ser distribuída pelo SUS e o restante será destinado a outros pacientes.
Vale esclarecer que o novo medicamento não pretende substituir os métodos de prevenção da Aids já estabelecidos, mas se somar a eles, como a camisinha masculina e feminina e os testes de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informa que ainda não há pedido de incorporação do medicamento genérico do Truvada no órgão. A Anvisa diz que aguarda a entrada do pedido de autorização da indústria farmacêutica para avaliação.
(com Agência Brasil)).