De acordo com a professora Elfriede Marianne Bacchi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, o incentivo ao uso desses produtos é importante, mas essa política tem que ser organizada com cuidado. "A medida é positiva a partir do momento que haja padronização dos fitoterápicos e que suas atividades sejam estudadas clinicamente ou que se tenha uma tradição reconhecida de uso popular e que sua segurança tenha sido comprovada", explica a professora.
Para Elfriede Bacchi, o uso dos fitoterápicos é problemático quando não se sabe a sua procedência. Há locais que vendem drogas vegetais irregularmente. Dessa forma, podem conter produtos mal identificados, contaminados por fungos, bactérias ou mesmo pela própria poluição. As pessoas compram essas drogas vegetais, que podem causar intoxicações, efeitos colaterais ou ainda não promover a cura.
A pesquisadora ainda ressalta que alguns fitoterápicos têm maior toxicidade e só devem ser vendidos sob prescrição médica, tendo assim a necessidade de haver estudos químicos, farmacológicos e clínicos, além de também possuir uma padronização e controle de qualidade desses produtos.
(com Agência USP).