Doado à USP em 1958, hoje o lugar é palco de pesquisas arqueológicas. "O açúcar traz a civilização europeia para a América", afirma a professora Vera Lucia Amaral Ferlini, diretora do Monumento Nacional Ruínas São Jorge dos Erasmos. Docente do departamento de História da USP, Vera Lucia – uma das maiores especialistas brasileiras em história do açúcar – lembra que a coroa portuguesa utilizou a produção açucareira como forma de fixação na colônia e como respaldo econômico para essa ocupação. A importância do produto era tanta que, na época, era comum dizer que "povoava-se com o açúcar", cita a professora.
A especialista destaca ainda a função do Engenho dos Erasmos na defesa do território. Construído em pedra, está voltado para a Serra do Mar, com o objetivo de proteger o local de invasores vindos do planalto. "Ele é mais do que um engenho. É uma fortaleza que possuía um engenho", explica a professora.
Por volta de 1540, o engenho foi vendido para o negociante espanhol Erasmo Schetz e seus filhos – daí o nome com que se popularizou – e ficou em atividade até cerca de 1620, quando um incêndio provocado por piratas destruiu o local.
Abandonada, a construção se deteriorou cada vez mais.
Veja, abaixo, outras imagens do patrimônio colonial brasileiro: