Revista Encontro

Tecnologia

Pokémon Go se transformou em risco de morte na Bósnia

O país europeu está pedindo aos jogadores que tomem cuidado com minas terrestres

João Paulo Martins
Na terça, dia 19 de julho, a ONG Posavina Bez Mina (ou a cidade de Posavina livre de minas) denunciou em seu site que muitos jogadores de Pokémon Go, a "febre" do momento nos smartphones e tablets, estariam entrando em regiões que ainda possuem minas terrestres, arriscando a própria vida para "capturar" as famosas criaturas do anime japonês.

"Recebemos informações de que existem usuários do aplicativo Pokémon Go q1ue estão entrando em territórios duvidosos e arriscados para encontrar pokémons.
Nós pedimos a todos os cidadãos que não o façam e que sigam todos os sinais de alerta de minas e não entrem em áreas que desconhecidas", diz a mensagem da ONG.

O jogo da Nintendo que está deixando milhões de usuários "ocupados" procurando criaturas em todo o mundo trabalha com a realidade aumentada, ou seja, usa o ambiente físico como cenário para que surjam os pokémons e também os chamados "ginásios" (local de batalhas entre as criaturas).

Resquício da guerra

Muitos jogadores não sabem, talvez por serem muito jovens, mas a Bósnia e Herzegovina foi cenário de uma intensa guerra civil no início dos anos 1990, após a derrocada do comunismo e o desmembramento do território da então Iugoslávia.

De acordo com Centro Bósnio Contra Minas, aproximadamente 1,1 mil km², ou 2,3% do território país, é considerado perigoso por conter minas, granadas e outros explosivos deixados pelo conflito de 1992 a 1995. Nesta região de risco vivem cerca de 545 mil pessoas ou 15% da população bósnia.

(com Agência Sputnik).