Revista Encontro

Astronomia

Astrônomos russos dizem ter recebido sinal 'alienígena'

A informação já está causando alvoroço no meio científico

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Astrônomos do Observatório Astrofísico Especial da Academia das Ciências Russa, que fica no vale de Nizhny Arhiz, na região de Karachaevo-Cherkessia,  registraram um sinal muito estranho proveniente do sistema estelar HD164595, na constelação de Hércules.
Segundo o astrônomo Paul Gilster, este pode ser o primeiro testemunho de atividade alienígena.

No dia 27 de agosto, o cientista comunicou o achado no site Centauri Dreams. Segundo ele, o sinal foi registado pelo radiotelescópio russo RATAN-600 há mais um ano, em 15 de maio de 2015, e possui um comprimento de onda de 2,7 cm. O sinal foi captado uma única vez e tinha um brilho entre oito e 10 vezes mais intenso do que a Lua ou um pulsar típico.

Desde então, o sinal não se repetiu. Porém, no fim de agosto, a equipe do observatório russo decidiu compartilhar a descoberta com o mundo científico, enviando cartas para os astrônomos. Uma delas caiu nas mãos de Paul Gilster, que decidiu informar sobre a descoberta.

A estrela HD164595 é semelhante ao Sol mas fica na distância de 95 anos-luz da Terra. Em 2015, astrônomos registaram um planeta extrassolar perto da HD164595, chamado de "Netuno quente" cuja massa é 16 vezes maior do que a da Terra e cuja órbita em torno da estrela é de 40 dias.  Apesar de ser pouco provável a existência de vida neste planeta, cientistas do Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) iniciaram uma observação constante desta estrela, na segunda, dia 29 de agosto.

A principal dúvida em relação ao achado é a potência do sinal. Ela é demasiadamente forte, e apenas uma "civilização alienígena" poderia tê-lo produzido, acreditam os cientistas.

A descoberta do suposto sinal extraterrestre, segundo Paul Gilster, será o tema principal da reunião do conselho permanente do SETI, que será realizada no dia 27 de setembro no México.

Segundo astrônomos, a fonte que emitiu o sinal é desconhecida, mas eles descartam que possa estar ligada a interferências ou ruídos provenientes de nosso planeta.

(com Agência Sputnik).