Segundo Valls disse em entrevista ao jornal francês La Provence, o burkini não é uma nova moda ou estilo de traje de banho – e vai contra a laicidade do estado.
Manuel Valls reforça seu apoio à atitude das cidades que fazem parte da chamada Costa Azul da França e também da ilha de Córsega, que proibiram o uso do polêmico burkini.
Vale lembrar que desde 2011 as muçulmanas francesas já estão proibidas de sairem às ruas usando a burka (vestimenta que cobre o corpo todo, inclusive o rosto) ou o niqab (roupa que deixa apenas os olhos visíveis).
Em relação ao burkini, o primeiro ministro não acredita que seja necessário criar uma lei federal para a proibição desse tipo de traje de banho. "A regulamentação oficial com restrições de vestimentas não pode ser uma solução", diz Valls ao La Provence. Mantendo um discurso nada moderado, ele reclama que as muçulmanas na França são "reféns" dos grupos que exigem o uso dessa roupa.
Ao contrário do premiê francês, o ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, se mostrou contrário à proibição do uso do burkini, porque, para ele, isso pode ser considerada uma "provocação capaz de gerar atentados".
(com Agência Télam).