Até a filha do ministro, a deputada estadual Maria Victória Borghetti Barros (PP-PR), criticou a declaração machista. Ela postou um vídeo no Facebook e disse que precisou dar um "puxão de orelha" no pai. "Logo o senhor, com duas mulheres como nós em casa, a vice-governadora do estado do Paraná, Cida Borghetti, e eu, deputada estadual? Trabalhamos tanto quanto o senhor. Por mais que haja dados absolutos de que há maior número de homens no mercado formal de trabalho, o IBGE afirma que as mulheres trabalham em média cinco horas a mais na semana do que os homens. Portanto, uma jornada de trabalho mais longa", diz a parlamentar paranaense.
Após o ocorrido, Ricardo Barros se desculpou por meio de uma nota enviada à imprensa nesta sexta, dia 12, pela assessoria do ministério.
Ainda segundo a nota, Barros afirma que não fez referência à jornada de trabalho de homens e mulheres. "Conhecendo o quanto as mulheres trabalham, eu jamais diria que os homens trabalham mais que as mulheres. Quero deixar claro que eu me referia ao número de homens no mercado de trabalho, que ainda é maior", explica o ministro.
Ao final do comunicado, o ministro da Saúde reforça que o mote das ações promovidas pelo ministério é mudar a cultura masculina. "Dentro de todas as tarefas diárias, ainda deve ser reservado um tempo para pensar na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Queremos que os homens aprendam a cuidar da saúde, como as mulheres fazem tão bem", concluiu.
(com Agência Brasil).