Para psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, especialista em educação especial e em gestão escolar, a informação é preocupante e medidas precisam ser tomadas para melhorar esse quadro. O primeiro passo para que isso aconteça está no planejamento: o professor deve prever certas situações. "Desde as séries iniciais, o professor deve ter em seu planejamento, por exemplo, um espaço com outras atividades caso algum aluno termine antes o que for solicitado para a turma. Isso vai evitar que o aluno fique muito tempo desocupado e acabe tirando o foco dos demais", diz a psicopedagoga.
Outras estratégias também podem ser pensadas para que o docente tenha menos problemas em sala. Quando o professor perceber que existe um aluno mais ativo, pode convidá-lo para ser seu "assistente" em sala, auxiliando em alguns momentos.
Para Ana Regina, esse tipo de pesquisa é relevante, já que ajuda a mapear não só o ambiente de aprendizagem, como as condições de trabalhos dos docentes, para que assim possamos redefinir políticas e adequá-las para o desenvolvimento da educação brasileira.
Outro dado preocupante é a violência. Segundo a pesquisa da OCDE, o Brasil lidera o ranking em casos de intimidação verbal entre alunos, e intimidação verbal de professores, com 34,4% e 12,5% respectivamente. "Não podemos negar estes problemas e as escolas têm trabalhado e idealizado alguns projetos para adequar e tentar melhorar a realidade, contudo, a agressão física aos docentes tem crescido a cada dia, e uma das únicas possibilidades de cessarmos este problema é a prática de punição, policiamento e leis que possam amparar também as instituições", completa a especialista..