O biofísico Alexey Karnaukhov, pesquisador do Instituto de Biofísica Celular RAS, na Rússia, em entrevista ao jornal Izvestia, revelou que o estudo feito em ratos de laboratório conseguiu prolongar a vida das cobaias em 34%.
Nos testes com os ratos foram usadas células-tronco retiradas da medula óssea. De acordo com o pesquisador, elas atuariam como recompositoras do material genético que se corrompe com a idade. Apesar de existirem diversas teorias acerca da forma como se dá o envelhecimento, Karnaukhov diz que se baseia na ideia de que quanto mais tempo de vida temos, mais erros são acumulados em nosso DNA, o que leva à velhice e, consequentemente, à morte. "Focamos o trabalho não nos erros acumulados no material genético, e sim, na causa dessa acumulação. Descobrimos que as células-tronco retiradas da medula óssea permanecem jovens e sem erros quando são congeladas. Portanto, no futuro, quando precisarmos, poderemos recorrer ao banco de células congeladas e transplantá-las para que nossos tecidos e órgãos sejam rejuvenescidos", explica o biofísico russo.
O problema é que as células a serem usadas precisam ser compatíveis com o organismo receptor – precisa ser um material jovem, com menos erros de DNA.
O russo faz parte dessa revolucionária pesquisa desde 2009, e já adianta ao jornal Izvestia que pretende ser uma cobaia do experimento. Como o teste em humanos na Rússia demanda questões éticas e legais, é preciso que os voluntários tenham no mínimo 55 anos. Alexey lembra que está quase chegando a essa idade e, portanto, já está se preparando para o fatídico momento..