Os trabalhos foram coordenados pelo médico veterinário Ricardo Lourenço, do IOC, e envolveram um total de 42 pesquisadores. Em uma primeira fase, no ano passado, eles coletaram cerca de 1,6 mil mosquitos, cerca da metade deles Culex e o restante Aedes aegypti, em quatro bairros da cidade do Rio: Copacabana, Manguinhos, Triagem e Jacarepaguá. Uma pequena parte, só 26 indivíduos, era da espécie Aedes albopictus.
Os mosquitos foram testados e nenhum dos Culex era portador do zika. Em uma segunda fase, foi criada uma colônia de mosquitos no IOC e eles foram expostos, alimentados e contaminados com sangue contendo o vírus. Os insetos foram minuciosamente examinados para detectar se havia o micro-organismo vivo neles, incluindo o estômago, a cabeça e a saliva, mas mesmo assim não foi identificado o causador da febre zika nos pernilongos.
"Nós examinamos a saliva do mosquito, para ver se o vírus ativo infectante estava ali. Nós não encontramos nenhuma vez o vírus.
O cientista afirma ainda que o trabalho, que descarta a transmissão do zika pelo pernilongo comum, representa um direcionamento importante para as políticas públicas de combate à doença, pois evita o desperdício de recursos financeiros e esforços de saúde no combate a esse inseto muito comum nos lares brasileiros.
(com Agência Brasil).