"Muitas vezes, cabe ao cirurgião dentista detectar esse tipo de comportamento ainda em sua fase inicial", diz Ana Cecília Corrêa Aranha, professora associada do departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP. Ela explica que o transtorno alimentar afeta a saúde bucal do paciente, que passa a apresentar em sua cavidade bucal características como erosão dental e desgaste do esmalte (provocados pela frequência de vômitos), boca seca, cárie, doenças periodontais e traumas na mucosa. Não é incomum ainda que o distúrbio seja relatado ao dentista pelo próprio paciente ao falar, por exemplo, sobre padrões de dieta aos quais está habituado.
Detectado o problema, complementa a Ana Cecília, cabe ao dentista sugerir ao paciente que procure tratamento especializado, mas não é raro o próprio profissional fazer esse encaminhamento. Ela revela ainda que a reabilitação da saúde bucal é plenamente possível, desde que sejam controlados os fatores responsáveis pelos danos causados.
(com Agência USP).