Revista Encontro

Bem-estar

EUA proíbem venda de sabonetes bactericidas

Segundo a FDA, agência reguladora de alimentos e remédios nos EUA, produtos não têm ação comprovada

João Paulo Martins
Em resolução publicada no dia 2 de setembro, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, proibiu o uso de 19 substâncias químicas que, segundo a instituição, não têm ação comprovada.
Todos esses elementos são usados em sabonetes com suposta atividade bactericida – na propaganda, dizem que "eliminam" até 99,9% dos germes.

Triclosan e triclocarban são duas das substâncias muito comuns em produtos antibacterianos e que não podem mais ser usadas nos EUA. "Consumidores podem achar que sabonetes bactericidas são mais efetivos na prevenção da circulação de germes, mas não existe nenhuma evidência científica de que sejam melhores que sabão e água", diz Janet Woodcock, diretora do Centro de Pesquisa e Avaliação de Medicamentos da FDA, em matéria divulgada pela própria instituição americana.

Segundo a FDA, em 2013 foi solicitado aos fabricantes que enviassem documentos comprovando a ação antibacteriana de sabonetes com as 19 substâncias, incluindo o famoso triclosan. Porém, nenhuma empresa respondeu ao chamado da agência do governo americano. "Lavar as mãos com sabão comum e água corrente continua sendo a ação mais importante que os consumidores podem fazer para evitar ficar doente ou espalhar germes uns para os outros", informa o texto publicado no site oficial da FDA.

As fabricantes de produtos de higiene terão até um ano para se adaptarem à nova regra. Vale lembrar que a decisão da FDA não interfere na comercialização de sabonete bactericida no Brasil. Quem regulamenta este mercado por aqui é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Aqui está a lista das 19 substâncias proibidas pela agência americana:

.