O pet sofria de mielopatia, uma doença degenerativa que limita os movimentos e não tem cura. De acordo com o médico veterinário Pablo Herthel, da Escola de Veterinária da UFMG, o problema pode afetar qualquer raça canina, porém, é mais comum no boxer, pastor alemão e corgis. "A manifestação clínica ocorre a partir de cinco anos de vida, mas a média de idade dos pacientes afetados é de nove anos", informa o especialista.
De acordo com o veterinário, os animais com mielopatia apresentam dificuldades para locomoção da parte traseira e o andar se torna cada vez mais descoordenado com os membros pélvicos. O cachorro, no entanto, não sente dor, mesmo em estágios avançados, em que o bicho não consegue mais caminhar.
Segundo Pablo Herthel, não existe cura para a doença. Embora muitas terapias com base em vitaminas e compostos antioxidantes sejam utilizados na prática clínica, não há evidências científicas da eficácia desses tratamentos. "A utilização de fisioterapia intensiva foi a única modalidade de tratamento que resultou em significativa redução da progressão dos sinais clínicos e do aumento da expectativa de vida dos cães com a doença", comenta o especialista.
Em alguns casos, os donos dos animais e os veterinários optam pela eutanásia, como foi o caso do cachorro da ex-presidente. "Há dois meses, o médico recomendou que fosse abreviado o sofrimento do cão, um dos prediletos de Dilma.
Para o veterinário Pablo, esta é uma decisão delicada, que deve ser muito bem analisada. "A eutanásia deve ser cuidadosamente pensada pelos tutores e discutida com o profissional médico veterinário que acompanha o caso do paciente", destaca..