Pela primeira vez desde 1555, o local em que se acredita ter sido testemunha do sepultamento e da ressurreição do Messias do cristianismo foi aberto ao público. "O mármore que cobre a tumba foi retirado e ficamos surpresos pela quantidade de material que estava sob ele. Precisaremos fazer muita análise científica, mas finalmente teremos a oportunidade de observar a superfície da rocha que, de acordo com a tradição, recebeu o corpo de Cristo", diz o arqueólogo Fredrik Hiebert, da National Geographic Society, em matéria publicada no site da famosa revista.
Segundo a Bíblia, após ser crucificado pelos romanos há mais de 2 mil anos, o corpo de Jesus Cristo foi colocado pelo fariseu José de Arimateia num túmulo de granito esculpido dentro da gruta localizada onde hoje temos a Igreja do Santo Sepulcro. Claro que os cientistas não encontraram nenhum vestígio do corpo dele, pois, como dizem os evangelhos, no terceiro dia o Filho de Maria teria ressuscitado.
Vale lembrar que o local que teria sido usado no sepultamento de Jesus fica a alguns metros do Monte Calvário, onde, de acordo com o texto bíblico, ele foi pregado na cruz e acabou falecendo.
A gruta que supostamente recebeu os restos mortais de Cristo foi transformada em local de adoração do cristianismo por Helena, mãe do imperador romano Constantino, no ano de 326 d.C. Ela pediu que fosse construída uma igreja sobre o túmulo sagrado. Com o tempo, graças a várias batalhas pela conquista de Jerusalém, o templo religioso foi destruído e reconstruído diversas vezes.