A proposta original, da deputada Dâmina Pereira (PMN-MG), previa a instalação de detector na forma de portal.
Segundo o deputado Ronaldo Martins, o objetivo da proposta é garantir mais segurança aos torcedores, usando como parâmetro o sistema adotado na entrada das torcidas nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro deste ano. "Hoje, o pai não pode mais levar os filhos para um jogo de futebol, por exemplo, porque muitos vândalos levam até armas para dentro dos estádios e acabam tirando a vida de alguém. Um pai não quer assistir um jogo e levar o seu filho morto para casa. Ele quer ter certeza de que ali não tem ninguém portando nenhum tipo de armamento, que ele pode entrar no estádio com sua família e assistir a um jogo tranquilo. Esse projeto se faz necessário e de extrema urgência", diz o parlamentar.
O presidente da torcida organizada Raça Rubronegra Brasília, Déo Lima, acredita que a instalação de detectores de metais pode ajudar a conter a violência e a identificar pessoas que queiram entrar com objetos não autorizados nos estádios. Ele considera que a medida inibe o torcedor que de forma isolada queira cometer algum tipo de violência.
Déo Lima alerta, no entanto, que é necessário haver outras medidas para garantir a segurança nos estádios, como a punição para aqueles que cometem delitos durante os jogos, para inibir ações futuras.
Punição
A proposta prevê ainda que estádios e ginásios que não instalarem os detectores terão a concessão revogada ou não concedida. As instituições terão prazo de 360 dias para instalar os equipamentos após a aprovação da lei.
O projeto de lei ainda será analisado pelas comissões de Esporte e de Constituição e Justiça e Cidadania, em caráter conclusivo. Ou seja, se for aprovado, poderá seguir direto para o Senado, sem passar pelo plenário da Câmara.
(com Agência Câmara).