Os investigadores estudaram a estrutura desses animais e as substâncias orgânicas por eles sintetizadas.
"No corpo do verme existe um órgão especial onde se encontram bactérias quimiotróficas, que oxidam o metano. O processo resulta em geração de energia, tal qual a fotossíntese para as plantas. Neste caso, a energia não provém da luz solar, mas do metano oxidado, que é essencial para a vida dos vermes. Eles precisam de pelo menos 1 ml do gás por litro de solo", explica Vladimir Malakhov, pesquisador chefe do laboratório responsável pelo estudo.
A descoberta russa foi comprovada pelo fato de os vermes se encontrarem em jazidas de petróleo já exploradas. Por exemplo, foram identificados indivíduos da família Siboglinidae nos mares do Norte e de Barents e na plataforma continental da ilha Sacalina.
"A Terra ainda possui diversas reservas de hidrocarbonetos nas águas profundas dos oceanos. E os vermes Siboglinidae nos mostrarão onde buscar", diz Malakhov.
(com Agência Sputnik).