Como o HAT-P-7b se encontra a mil anos-luz de nós, o estudo de sua atmosfera não pode ser realizado com precisão. A forma usada pelos cientistas para se chegar a uma conclusão sobre o que se passa nesse corpo celeste é por meio da análise do brilho emanado por ele. O espectro da luz ajuda a entender o que se passa na atmosfera e sua composição.
Armstrong e os demais pesquisadores usaram o telescópio espacial Kepler para analisar o exoplaneta durante quatro anos, o que permitiu chegar a um estudo detalhado das variações de brilho, espectro de luz e outras características do gigante gasoso. O planeta HAT-P-7b, ou Kepler-2b, é muito parecido com Júpiter, mas é extremamente quente, devido à sua proximidade com a estrela que orbita.
A descoberta de gigantes gasosos impulsionou a investigação dos cientistas sobre a composição exótica de suas atmosferas. Por exemplo, nos últimos anos, foram descobertos planetas com nuvens compostas por chumbo e vidro, atmosferas de metais vaporizados e rochas e ventos que sopram, em alguns casos, numa velocidade supersônica.
De acordo com o artigo científico, as nuvens do HAT-P-7b são compostas de corindo, ou coríndon, mineral à base de óxido de alumínio, que é imprescindível na formação de rubis, safiras e outras pedras preciosas. Por isso foi possível supor que no lado escuro do exoplaneta, nas camadas mais baixas da atmosfera, as nuvens são formadas por "gotas" de rubis e safiras.
(com Agência Sputnik).