As vacinas serão aplicadas em 1.222 voluntários até agosto de 2017. Eles serão monitorados por cinco anos. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá um placebo, que é uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica e nem o voluntário saberá quem vai receber a vacina e quem receberá o placebo. O objetivo é descobrir, a partir dos exames do material coletado desses voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou o placebo contraiu a doença.
Desde junho deste ano, o Butantan vem realizando testes com voluntários de todas as regiões brasileiras, totalizando 17 mil voluntários em 13 cidades: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), São José do Rio Preto (SP), São Paulo (SP) e, agora, em BH.
Por enquanto, no mercado brasileiro, existe apenas a Dengvaxia, vacina contra a dengue produzida pelo laboratório francês Sanofi-Pasteur. Ela causou polêmica em agosto deste ano, depois que seu preço foi divulgado: R$ 132, em média, por cada dose – esse é o valor base sugerido pela Anvisa. Vale lembrar que são necessárias três doses (uma a cada seis meses) para que se tenha a imunização completa contr aa doença..