Em artigo publicado na sexta, dia 2 de dezembro, a empresa Instrumental, especializada em engenharia de produtos, revela que o design do Galaxy Note 7 faz com que o local de encaixe da bateria acabe provocando uma pressão extra sobre ela. Com isso, os polos negativo e positivo se tocam, internamente, causando sobrecarga, superaquecimento e, em seguida, a uma possível explosão.
"A bateria do Note 7 consiste de uma camada positiva feita de óxido de lítio-cobalto, uma camada negativa feita de grafite, e duas camadas separadoras encharcadas de eletrólitos feitos de polímero. Essas camadas permitem que íons fluam entre as camadas positivas e negativas, sem permitir que as camadas se toquem", explica Anna Shedletsk, uma das diretoras da Instrumental, no texto do artigo divulgado à imprensa.
A engenheira lembra ainda que os movimentos na parte traseira do aparelho, como a colocação da tampa e o uso do celular no bolso de trás, acabam contribuindo para que a pressão sofrida pela bateria seja suficiente para que os polos negativo e positivo se toquem.
Essa avaliação do Note 7 foi feito de forma independente pela empresa americana. Por sua vez, a coreana Samsung ainda está analisando o problema em seu celular top de linha e não se pronunciou sobre o tema. No dia 11 de outubro deste ano, a gigante do mercado de eletrônicos retirou o smartphone do mercado. Em comunicado à imprensa, a companhia coreana informou que as explosões e as devoluções do aparelho causaram prejuízo de cerca de US$ 2,52 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões) no lucro do quarto trimestre de 2016 e do primeiro trimestre de 2017..