Segundo o astrofísico Alexandre Soares de Oliveira, do Observatório de Astronomia e Física Espacial da Universidade do Vale do Paraíba, nesta noite a Terra atravessará o ponto de maior densidade de partículas deixadas pela órbita do asteróide 3200 Faetonte, descoberto em 1983. "Seu radiante estará na direção da constelação de Gêmeos, por isso a chuva de meteoros de hoje leva o nome de Geminídeas. Ela acontece todos os anos e sua média de avistamentos é de 50 a 100 meteoros por hora. Eles costumam ser bem brilhantes", explica o especialista.
Soares ressalta que, assim como aconteceu no mês de novembro, a visualização da chuva de meteoros pode ser ofuscada pela presença da Superlua, que também deve acontecer hoje. "Estamos novamente numa fase de máxima aproximação da Lua em relação à Terra. Nesta fase da sua órbita não circular ao redor da Terra, ela aparece um pouco maior no céu, em cerca de 5% e, consequentemente, será mais brilhante do que o normal.
"As chuvas de meteoros ocorrem quando há uma grande quantidade das chamadas 'estrelas cadentes' acontecendo numa mesma noite, partindo de uma mesma região do céu denominada radiante. São, na verdade, resultado da queima de pequenas partículas espaciais, não muito maiores do que grãos de feijão, e que entram em alta velocidade na atmosfera da Terra no momento em que ela cruza a órbita de alguns cometas, geralmente", explica Alexandre Soares.
Para visualizar os dois fenômenos não são necessários equipamentos, eles estarão visíveis a olho nu. Também há aplicativos gratuitos para smartphones, que utilizam o GPS para apontar as constelações visíveis a cada hora no céu. Isso auxilia a localizar em que ponto as chuvas devem acontecer.
Na madrugada de hoje, devemos olhar para a constelação de Gêmeos para localizar a chuva de meteoros..