A pressão feita por Trump já está surtindo efeito. A Ford, que iria investir US$ 1,6 bilhão de dólares (cerca de R$ 6 bilhões) em sua fábrica no México, já mudou de ideia. Agora, a montadora responsável por veículos como a picape Ranger e o sedã Fusion, decidiu mudar os planos e vai investir US$ 700 milhões (R$ 2,2 bilhões) em sua planta que fica no estado do Michigan (EUA). O intuito, segundo a montadora é valorizar a pesquisa e a produção de carros elétricos e autônomos.
Mesmo com as ameaças econômicas proferidas pelo magnata, as montadoras americanas não se pronunciaram sobre o tema e se mostram "confiantes" no governo de Donald Trump. Uma prova disso é a fala de Mark Fields, presidente-executivo da Ford, em pronunciamento realizado na segunda, dia 3 de janeiro. "Estamos animados com os planos de crescimento previstos pelo presidente eleito Trump e pelo novo Congresso", afirma o executivo.
Como a Ford e a GM produzem seus veículos no México e os importam para os EUA sem pagar taxas, isso faz com que os modelos tenham preços mais atraentes nas concessionárias americanas.
Especialistas acreditam que as medidas protecionistas que serão adotadas pelo governo do polêmico magnata poderão fazer com que os preços dos veículos produzidos no exterior e importados para os Estados Unidos fiquem mais caros para o consumidor final. Como resultado, a redução no consumo deve afetar diretamente a economia americana. Porém, as montadoras não comentaram a possibilidade de deixar de importar seus veículos e se isso alteraria o valor dos mesmos no mercado americano..